sábado, 28 de maio de 2011

Kit Contra Preconceito 1


Estou postando este vídeo por tantos motivos que vai parecer estranho tentar comentar sobre todos eles. Mas vou contar algumas histórias que me motivaram a postá-lo.
- Minha amiga mais linda (todas as minhas amigas são lindas, C L A R O!) uma vez comentou comigo sobre o aumento do assédio que sofreu, durante a exibição da novela da Rede Globo de Televisão, que mostrava a atriz Taís Araujo como protagonista. Negras e lindas, elas também se parecem pelos traços finos e pelo corpo perfeito. No entanto, minha amiga disse que sentiu que as pessoas passaram a perceber melhor essas características, após a exposição ‘global’ desta beleza.


- Estava apresentando um trabalho de literatura sobre “Estudos Culturais”, uma teoria apaixonante, intertransdisciplinar. Falava sobre o movimento das minorias e achei pertinente contar essa história que ocorreu com minha amiga. Vale lembrar: sou aluna do curso de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais. Durante a apresentação escuto o seguinte comentário: “Mas a Tais Araujo tem traços de mulher branca, por isso ela foi colocada na televisão!”. O que importa nessa história é: Traços de mulher branca? Traços negros em mulher branca? Traços brancos em mulher negra? O que isso significa? A Tais Araujo é tão negra quanto eu sou branca. E somos linda e brasileiras!

- Mais de 180 línguas são faladas hoje no Brasil. Mas apenas temos conhecimento do Português, uma língua européia, que descende da colonização brasileira.

- Uma amiga estava trabalhando na secretaria de uma escola. Ela me disse que incontáveis foram as mães negras que classificaram seus filhos negros como brancos. Isso mostra uma possível falsa classificação da educação da população negra e indígena de nosso País. E eu disse ‘possível’ porque o país ainda sofre as conseqüências de uma má colonização e de um domínio de terras por estrangeiros.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

RedPOP 2011 Campinas/SP - ATUALIZADO!


Semana que vem, acontece em Campinas-SP a 12° Reunião Bienal da RedPOP. Este é o encontro dos mais importantes difusores da ciência na America latina e Caribe.
A programação está ótima!
Ênfase para a palestra do (futuro coordenador de estágio no Espaço TIM-UFMG do Conhecimento) Yurij Castelfranchi (UFMG) que vai falar um pouco sobre “Educação não formal em Ciências: Ciência e público”. E é claro, ênfase para o meu singelo pôster eletrônico, trabalho número 340 intitulado: “O Espaço TIM-UFMG do Conhecimento segundo a percepção do público infantil”.
Claro que estou nervosa, mas humildade à parte, o pôster ficou lindo! (Espero que isso seja o suficiente...) Terei 4 minutos para comentar o pôster, vou falar um pouquinho do projeto e apresentar o Espaço, que é novo e parece se diferir um pouco dos outros por possuir um caráter lúdico e interativo. Vou tentar mostrar a importância que foi ter as crianças ali junto a nós, porque, desde o início, trabalhar com elas foi a melhor parte de todo o projeto. E, aqui entre nós, é a melhor parte do meu estágio!
Aqui o link da programação. 

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Este foi o nosso power-point/poster. A apresentação infelizmente foi mínima e como a organização da Bienal foi realmente muito estranha... acho que poucos puderam ver os trabalhos.
O que importa mesmo falar deste projeto é que ele nasceu de uma conversa minha com o Marcielo. Ele, desde o início, teve uma sensibilidade incrível para perceber que as crianças, assim como, ou até mais que os adultos, possuem uma leitura do mundo e não são tábulas rasas.
Assim, tivemos a idéia de transformar nossa mediação em algo mais divertido e dialógico, diferente do monólogo escolar que estava sendo. Resultado: funcionou! E foi maravilhoso! As crianças passaram a comentar e a se perceber dentro do museu, o conhecimento virou parte delas. Bom, foi realmente bacana!
Para transformar isso em um projeto, analisamos se realmente as crianças gostavam do museu e se algo nas exposições lhe era atraente. Fizemos entrevistas e desenhos com alguns alunos da rede particular, o que virou este projetinho piloto. Este ano, o museu pretende continuar com o projeto e ampliar as escolas atendidas.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Entre os vagões 1


"Tem horas em que, de repente, o mundo vira pequenininho, mas noutro de-repente ele já torna a ser demais de grande, outra vez. A gente deve de esperar o terceiro pensamento."

Nenhum, nenhuma - João Guimarães Rosa